segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A MÃE DO OURO - II

(Fatos verídicos)


                                   Conforme narrei em relato anterior, mudei-me para Cristina-MG no início de 1.978, influenciado por dois acampamentos que fizera no final do ano de 1.977 e nos quais ocorreram estranhos fenômenos luminosos que sempre eram presenciados por uma única pessoa, pois os dois membros restantes portavam-se como se estivessem desmaiados. Disse também que, naquele local, tais fenômenos sempre foram frequentes, conforme relatos da minha família materna (tios, avós e mesmo minha mãe).


                                   Residi em Cristina-MG do início de 1.978 até fins de 1.981, quando retornei para Ouro Fino-MG, embora voltasse frequentemente àquela cidade, na qual mantive uma casa ainda por muitos anos.


                                   Em meados de setembro de 1.979, retornando da casa de amigos e rumando para minha própria casa, acabei me detendo na praça principal da cidade, onde um grupo de rapazes e moças se divertia tocando violão e tomando vinho. Estavam todos sentados no chão do passeio e eu em pé, pois havia parado apenas por alguns momentos para apreciar um pouco da música e bater papo. Era por volta de meia-noite. De repente, vinda da direção do Pico da Tuiúva (no Bairro da Paciência e bem próximo ao local narrado no relato anterior), uma bola de fogo cruzou os céus, passando pouco acima dos telhados à minha frente, e indo na direção da Cachoeira da Gruta, que dista uns quinhentos metros da praça principal da cidade.


                                   Intrigado com mais aquele episódio, além dos anteriores, retomei minhas expedições ao local, agora acompanhado de amigos daquela cidade, mas nunca houve qualquer acontecimento similar aos anteriores, até que, numa dessas ocasiões, resolvi ir sozinho, ficando hospedado na casa do meu tio (irmão da minha mãe). Porém começou a chover pouco depois da minha chegada, de forma que se tornou impossível aventurar-me pelas trilhas da região à noite e sob forte chuva. Assim, o jeito foi me recolher cedo, no quarto onde dois primos meus já estavam acomodados em suas respectivas camas, mas ainda acordados.


                                   Usando técnicas de “desdobramento”, mentalizei-me saindo da cama, do quarto e da casa onde me hospedava. Depois me vi percorrendo a trilha até a cachoeira e me sentando à margem do riacho. Me imaginei fechando os olhos e invocando aquela bola de luz, que vinha sendo vista com freqüência naquele local, pedindo que se materializasse à minha frente. Um súbito clarão aconteceu então, levando-me a abrir os olhos. Lá estava a bola de luz azulada, do tamanho de uma laranja, mas não na cachoeira e sim dentro do quarto. Tentei chamar meus primos e até os outros que dormiam nos demais aposentos, mas eu estava completamente paralisado. Alguns segundos depois a luz desapareceu, assim como veio.


                                   Em fins de 1.981 retornei para Ouro Fino-MG e, embora regressasse várias vezes para Cristina-MG, não tive outras experiências iguais.  


                                   Faço aqui um breve parêntesis para mencionar que a cidade de Cristina-MG propriamente dita fica entre três picos: o Pico da Pedra Branca (1.847 metros de altitude), o Pico da Pedra do Urutu ou da Pedra Riscada (1.977 metros de altitude) e o Pico da Tuiúva (1.991 metros de altitude).


                                   Pois bem, dos três picos só não escalei ainda o Pico da Pedra Branca, vez que um temporal me impediu de atingir aquele objetivo. Escalei a Pedra do Urutu em 1.980.


                                   Ao topo do Pico da Tuiúva eu cheguei no início de 1.991, ano cujo numeral corresponde à altitude daquele pico. Acompanharam-me naquela expedição os amigos Sidney e Gabriel (o “Arcanjo”). Ficamos acantonados num paiol de fertilizantes a meio caminho entre a casa do meu tio e o topo do pico. Recordo-me que tive uma noite péssima, com sérias indisposições gastrointestinais que, felizmente, sumiram ao romper do dia.


                                   Atingimos o topo por volta do meio dia. Lanchamos, descansamos e tiramos algumas fotos. Antes do nosso retorno, um dos meus primos nos localizou. Ele subiu no topo de uma árvore, a pedido nosso, para ver se conseguia fotografar alguma cidade ao longe, mas não foi possível. Mesmo assim, para não perder o trabalho da subida, ele posicionou o foco da máquina em nossa direção e acionou a máquina.


                                   Enorme foi a surpresa minha quando mandei revelar as fotos e constatei que, numa delas,  estávamos envoltos numa espiral luminosa, como se estivéssemos no centro de um portal (túnel) que se abria naquele momento, apresentando em seu interior imagens de criaturas grotescas.


                                   Algumas pessoas talvez dirão que as imagens que vemos na foto não passam de “pareidolia”, que é um tipo de ilusão que consiste em reconhecer pessoas ou objetos em estímulos vagos ou caóticos (é como ficar olhando para as nuvens e, num dado momento, visualizarmos rostos e objetos). Mas, e os acontecimentos anteriores, ocorridos nas proximidades do referido local?...


                                    

                                   José Carlos de Paula
                                   Escritor e pesquisador do sobrenatural.
                                   (Ouro Fino/MG, 31 de julho de 2.011).


OBS.:   1- Foto em anexo (COM e SEM destaque).

            2- (*) Dados obtidos no site http://cristina.mg.gov.br/?page_id=1550







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