(Fatos
verídicos)
Conforme
narrei em relato anterior, mudei-me para Cristina-MG no início de 1.978,
influenciado por dois acampamentos que fizera no final do ano de 1.977 e nos
quais ocorreram estranhos fenômenos luminosos que sempre eram presenciados por
uma única pessoa, pois os dois membros restantes portavam-se como se estivessem
desmaiados. Disse também que, naquele local, tais fenômenos sempre foram frequentes,
conforme relatos da minha família materna (tios, avós e mesmo minha mãe).
Residi em
Cristina-MG do início de 1.978 até fins de 1.981, quando retornei para Ouro
Fino-MG, embora voltasse frequentemente àquela cidade, na qual mantive uma casa
ainda por muitos anos.
Em meados de
setembro de 1.979, retornando da casa de amigos e rumando para minha própria
casa, acabei me detendo na praça principal da cidade, onde um grupo de rapazes
e moças se divertia tocando violão e tomando vinho. Estavam todos sentados no
chão do passeio e eu em pé, pois havia parado apenas por alguns momentos para
apreciar um pouco da música e bater papo. Era por volta de meia-noite. De
repente, vinda da direção do Pico da Tuiúva (no Bairro da Paciência e bem
próximo ao local narrado no relato anterior), uma bola de fogo cruzou os céus, passando
pouco acima dos telhados à minha frente, e indo na direção da Cachoeira da
Gruta, que dista uns quinhentos metros da praça principal da cidade.
Intrigado com
mais aquele episódio, além dos anteriores, retomei minhas expedições ao local,
agora acompanhado de amigos daquela cidade, mas nunca houve qualquer
acontecimento similar aos anteriores, até que, numa dessas ocasiões, resolvi ir
sozinho, ficando hospedado na casa do meu tio (irmão da minha mãe). Porém
começou a chover pouco depois da minha chegada, de forma que se tornou
impossível aventurar-me pelas trilhas da região à noite e sob forte chuva. Assim,
o jeito foi me recolher cedo, no quarto onde dois primos meus já estavam
acomodados em suas respectivas camas, mas ainda acordados.
Usando
técnicas de “desdobramento”, mentalizei-me saindo da cama, do quarto e da casa
onde me hospedava. Depois me vi percorrendo a trilha até a cachoeira e me
sentando à margem do riacho. Me imaginei fechando os olhos e invocando aquela
bola de luz, que vinha sendo vista com freqüência naquele local, pedindo que se
materializasse à minha frente. Um súbito clarão aconteceu então, levando-me a
abrir os olhos. Lá estava a bola de luz azulada, do tamanho de uma laranja, mas
não na cachoeira e sim dentro do quarto. Tentei chamar meus primos e até os
outros que dormiam nos demais aposentos, mas eu estava completamente paralisado.
Alguns segundos depois a luz desapareceu, assim como veio.
Em fins de
1.981 retornei para Ouro Fino-MG e, embora regressasse várias vezes para Cristina-MG,
não tive outras experiências iguais.
Faço aqui um
breve parêntesis para mencionar que a cidade de Cristina-MG propriamente dita
fica entre três picos: o Pico da Pedra Branca (1.847 metros de
altitude), o Pico da Pedra do Urutu ou da Pedra Riscada (1.977 metros de
altitude) e o Pico da Tuiúva (1.991 metros de altitude).
Pois bem, dos
três picos só não escalei ainda o Pico da Pedra Branca, vez que um temporal me
impediu de atingir aquele objetivo. Escalei a Pedra do Urutu em 1.980.
Ao topo do
Pico da Tuiúva eu cheguei no início de 1.991, ano cujo numeral corresponde à
altitude daquele pico. Acompanharam-me naquela expedição os amigos Sidney e
Gabriel (o “Arcanjo”). Ficamos acantonados num paiol de fertilizantes a meio
caminho entre a casa do meu tio e o topo do pico. Recordo-me que tive uma noite
péssima, com sérias indisposições gastrointestinais que, felizmente, sumiram ao
romper do dia.
Atingimos o
topo por volta do meio dia. Lanchamos, descansamos e tiramos algumas fotos.
Antes do nosso retorno, um dos meus primos nos localizou. Ele subiu no topo de
uma árvore, a pedido nosso, para ver se conseguia fotografar alguma cidade ao
longe, mas não foi possível. Mesmo assim, para não perder o trabalho da subida,
ele posicionou o foco da máquina em nossa direção e acionou a máquina.
Enorme foi a
surpresa minha quando mandei revelar as fotos e constatei que, numa delas, estávamos envoltos numa espiral luminosa, como
se estivéssemos no centro de um portal (túnel) que se abria naquele momento,
apresentando em seu interior imagens de criaturas grotescas.
Algumas
pessoas talvez dirão que as imagens que vemos na foto não passam de “pareidolia”,
que é um tipo de ilusão que consiste em reconhecer pessoas ou
objetos em estímulos vagos ou caóticos (é como ficar olhando para as nuvens e,
num dado momento, visualizarmos rostos e objetos). Mas, e os acontecimentos
anteriores, ocorridos nas proximidades do referido local?...
José Carlos
de Paula
Escritor e
pesquisador do sobrenatural.
(Ouro
Fino/MG, 31 de julho de 2.011).
OBS.: 1-
Foto em anexo (COM e SEM destaque).
2-
(*) Dados obtidos no site http://cristina.mg.gov.br/?page_id=1550
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