Na década de 80 uma série de envenenamentos trouxe pânico aos consumidores de medicamentos.
O primeiro caso ocorreu em 29 de setembro de 1982, quando uma menina de 12 anos, enferma, residente em Elk Grove Village, Illinois, tomou inadvertidamente um comprimido de Tylenol Extra Forte envenenado com cianureto e morreu algumas horas depois no mesmo dia.
O primeiro caso ocorreu em 29 de setembro de 1982, quando uma menina de 12 anos, enferma, residente em Elk Grove Village, Illinois, tomou inadvertidamente um comprimido de Tylenol Extra Forte envenenado com cianureto e morreu algumas horas depois no mesmo dia.
Ela foi uma das sete pessoas
que morreram repentinamente após ingerir o popular medicamento, vendido sem
necessidade de receita médica, enquanto os chamados “assassinatos Tylenol” ou “Tylenol
terrorista” espalhavam o medo por todo o país.
As vítimas, todas da área de
Chicago, variavam entre 12 e 35 anos de idade e incluiriam três membros de uma
mesma família.
A Johnson & Johnson, empresa
fabricante do Tylenol, lançou de imediato um maciço “recall” do produto e
ofereceu US$ 100 mil de recompensa por alguma informação que levasse à prisão
da pessoa ou pessoas responsáveis e comandou uma das mais bem sucedidas
campanhas de relações públicas da história e recuperou imagem em pouco tempo.
Investigadores logo
determinaram que as cápsulas envenenadas de Tylenol não haviam sido alteradas
nas fábricas onde eram produzidas. Isso significava dizer que alguém subtraíra
as caixas das estantes do almoxarifado, trocara os comprimidos por veneno, e os
devolvera ao almoxarifado para que então fossem distribuídos nas farmácias e
supermercados, onde as vítimas adquiriram os produtos adulterados.
Antes do escândalo “Tylenol
Terrorista", o Tylenol era a droga mais vendida entre as que não careciam
de receita médica a mais vendida da companhia Johnson & Johnson nos Estados
Unidos. Alguns observadores chegaram a especular que o medicamento Tylenol
jamais seria capaz de se recuperar do desastre. No entanto, no espaço de meses,
Tylenol voltou aos escaninhos das farmácias com um novo envoltório de
segurança.
Os “assassinatos Tylenol”,
que inspiraram crimes similares envolvendo outros produtos, jamais foram
solucionados, embora diversas pessoas tenham sido investigadas. Entretanto, um
resultado positivo da crise foi que levou a indústria farmacêutica a
desenvolver embalagens à prova de adulteração, que antes do caso Tylenol
Terrorista” simplesmente não existia.
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